13 de dez. de 2010

Review: Heart Of Darkness (PS1 / PC)

What's Up People? FireWolf aqui

Yeah, já faz um tempo que não faço nenhuma review. Estava bastante ocupado ultimamente… Porém agora as férias me permitem encher o ON de conteúdo, uhules!

So, começaremos com uma história da minha infância (what?).

Eu era uma pequena e inocente criança feliz, que estava dando os primeiros passos no mundo gamer (Sonic The Hedgehog era o único jogo que eu precisava, conhecia e tinha no meu Sega Genesis, good times). Quando meu pai me deu os meus primeiros jogos para PC, presentes de um amigo dele. Entre eles haviam jogos que eu simplesmente adorei, como Star Wars: Dark Forces, Rebel Assault e Demolition Racer. Acabei esquecendo de jogar o resto.

Então chegou o dia que eu vi o cd onde estava escrito apenas:

Heart Of Darkness.

Desde então nunca mais fui a mesma criança inocente feliz.







Heart Of Darkness é jogo cujo gênero é bastante desconhecido e raro: Cinematic Plataformer. Foi lançado em 1998 para o Playstation original (PS1, ya know) e para PC. Foi criado pela Amazing Studio e distribuido pela Interplay. Um fato curioso é que todo o jogo foi feito por uma equipe de aproximadamente 12 pessoas e demorou 6 anos para ser finalizado.

Cinematic Plataformer… Basicamente é um jogo de plataforma normal (todos lembramos de Mario Bros. e Donkey Kong Country, não?) porém com um estilo mais cinematográfico. Não falo apenas de cutscenes a lá e acolá, mas sim pequenas sequências cinematográficas integradas perfeitamente com o gameplay. Acho para explicar a idéia é melhor mostrar do que só escrever:



Para ter um exemplo do que estou falando veja o vídeo aos 2:15. Aquela sequência é uma cutscene. Mas não há paradas para a cutscene ser carregada ou nada do tipo. Acaba sendo algo bastante fluído que chega a parecer ser algo do gameplay.

Gráficos também colaboram para essa experiência cinematográfica. E os gráficos desse jogo são simplesmente fenômenais! Os cenários, apesar de serem jogados em 2D, são todos modelados em 3D. Os personagens são todos feitos em 2D com sprites e animações belíssimas. A movimentação de personagens não é algo mecânico como em jogos como Super Mario Bros., e sim bastante natural no estilo do clássico Prince Of Persia.



Sobre o nível de difículdade do jogo: Existem jogos que simplesmente chutam o seu traseiro. Existem outros que chutam o seu traseiro FORTEMENTE e existe Heart Of Darkness. Sério, esse jogo devolve o que sobrou do seu traseiro em forma de carne moída em uma fuckin’ bandeja.

Levem em consideração que o vídeo ali encima são os primeiros momentos onde você tem controle no jogo. Aparece o primeiro inimigo (junto com a primeira armadilha, se o jogador não destruir aquele esqueleto no começo é game over man, GAME OVER!) e é como se o jogo te falasse “ok, para chutar bundas com sua arma de raios você tem que fazer isso e isso, sussa?”. Então você se vê em uma tela LOTADA de sombras para todos os lados, como se o jogo gritasse “DO IT FAGGOT!”.

O jogo também envolve requer pulos bastante precisos e uso de velocidade e lógica para resolver os (nada raros) puzzles do jogo (Triste como ultimamente poucos jogos exigem isso dos jogadores ;/ ).

O jogo segue a história de Andy, um garoto que vê seu cachorro ser raptado por sombras durante um eclipse solar. Ele logo vai para sua casa-na-árvore onde estão convenientemente localizados sua nave e arma de raios. É assim que Andy vai ao resgate de seu cachorro. Soa bastante como qualquer história de um filme infantil da Pixar e creio que essa é justamente a intenção dos criadores: passar uma história simples, cativante e bastante fácil de acompanhar. A história também acaba levando à diversas mudanças drásticas no cenário, sendo que o jogo começa em um deserto meio wasteland, passa para um tipo de floresta subtropical e mais tarde para fases sub-aquáticas e por ai vai. Essas mudanças de cenário são ótimas pois conseguem manter o gameplay sempre com esse clima de fresco, nunca parecendo que você está fazendo a mesma coisa denovo e denovo.



No começo da review falei de como esse jogo me mudou como criança, mas não digo que fiquei traumatizado pela dificuldade do jogo, mas sim pelo fato de que nesse mundo onde Andy está procurando seu cachorro praticamente todo e qualquer ser vivo quer matar e logo em seguida devorar Andy, e as mortes nesse jogo são bastante brutais para a classificação E (for everyone, livre) que esse jogo carrega. Andy pode ser desintegrado por piranhas, engolido por sombras, arder em chamas até virar cinzas… hell, até plantas carnívoras (e aquáticas) podem devorar nosso herói a qualquer passo em falso. Acaba mostrando para uma criança (tá, pelo menos pra mim mostrou) como o ser humano é frágil e pode morrer das mais diversas e exóticas formas.

Mas mesmo depois desse pequeno trauma, voltei a jogar e vos digo que Heart Of Darkness é um dos melhores jogos de plataforma que já joguei, sendo simples, cativamente, bonito, desafiador e brutal. Recomendação máxima para qualquer fã do gênero que está apto a um desafio.

cover ps1

Cada dia o mundo cria novos e exitantes modos de se tirar a vida de um homem.”
(Balthier – Final Fantasy XII)
FireWolf

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